Quando vens
o céu se abre como
um sol a brotar
no seio da madrugada.
Quando te vejo
um vagalume solitário
incendeia a escuridão
de uma floresta inexplorada.
Quando tu falas
ouço as vozes do vento
a rasgar o silêncio da noite úmida.
Quando te toco
minha pele aprende
a caminhar sozinha
e logo se desprende de mim.
Quando te bebo
minha boca mergulha
nas águas do ventre
do universo.
Quando te escrevo
encontro todas as palavras
que por um momento,
perdi.
David Henrique