quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Explicando o ócio em silêncio e instigando com barulho



Acabou o ócio por enquanto, então vamos lá. Tentarei neste texto falar um pouco sobre algumas inquietações e sobre o nascimento deste blog (inquietação idem). Criei este sítio gratuito na internet pra poder postar algumas coisas que escrevo em horas de instiga e sair um pouco do ócio, por isso tal nome. Uma das razões que me levaram a criar esse espaço foi o fato de eu parar as postagens dos meus textos no facebook, antes fazia isto com frequência, com um tempo percebi que não era tão legal, não para minhas perspectivas na área.
            Ser lido é bom, é quase uma necessidade para os que escrevem, concordo. Mas percebi que ser lido no facebook é muitas vezes ilusório, para muitos é um momento “merchan”, não que a poesia não seja um produto vendável ou não faça propaganda do poeta, mas a meu ver não é só mercadoria, principalmente quando se divulga com o real intuito de ser lido. Já cheguei a postar um poema e em poucos segundos ser notificado que alguém curtiu. Muitas vezes um poema que custaria no mínimo meio minuto pra ser lido, mais meio minuto para refazer a leitura e compreender a ideia. Eu me perguntava o porquê do “like”, se meu intuito era ser lido, não exatamente ser curtido.
            Fui sacando que isso acontecia sempre, e não só com um indivíduo. Vi que meu objetivo não estava sendo alcançado de fato, enquanto alguns realmente se propunham a ler, outros apenas curtiam, por qual razão eu não sei. Mantive a página Poemas no Escuro para postar tercetos esporadicamente e não extinguir meus versos totalmente do face (e a proposta da página é justamente esta: oferecer uma leitura rápida, já que neste público-alvo existem alguns preguiçosos pra ler. Se ainda curtirem sem ler não há mais solução).  A partir desta situação decidi criar o blog, pois penso que se alguém abre uma página além-facebook a fim de uma leitura, realmente está querendo-a. Postarei esse primeiro texto na rede social (assumo a propaganda inicial), para explicar a ausência das postagens e direcionar os leitores a este espaço onde agora encontrarão meus escritos e tentativas de alguma coisa. A plataforma de Zuckerberg é massa pra divulgar e pra divagar, então eu deixarei o link sempre aqui e a gente se bate por lá. Vale um poema.

Eu em catorze versos

Ando sem fazer enxame
sobre o que fiz ou faço,
voo, ganhando espaço,
sem pedir que me amem.

Meus simples versos saem
como sai qualquer urina,
uns poetas se contraem
com este tipo de rima.

Não sou de medir palavras
nem vou me prender às métricas,

quem ler minhas parábolas
notará a anti estética
de uma escrita sem nortes
jogando apostado com a sorte.

(David Henrique)

Um comentário:

  1. acho válida sua reflexão sobre a superficialidade das redes sociais... mas vou esperar plea promessa de colocar sempre o link por lá, pra nos trazer até aqui. bjs da sempre leitora! Karla

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